quarta-feira, fevereiro 16, 2011

NAMODRASTA


Por Letícia Vidica


Além dos meus carmas de se envolver com homens que são compromissados ou que não querem compromisso algum, existe um outro ainda não revelado mas que, de tempos em tempos, reaparece em minha vida. O carma de namorar papais, isso mesmo, homens que tem filhos. Nada contra a paternidade, acho lindo ter filhos, um dia ainda sonho em ter os meus. E, hoje em dia, acho até que o único ser desprovido de filhinhos sou eu!!! Mas há uma grande diferença entre ser a mãe e ser a madrasta.

Quando o problema não é a querida mãe dos pestinhas que faz de tudo para pentelhar o seu relacionamento, enviando os filhos nas horas mais inoportunas para a casa do papai, acertando incrivelmente o dia e a hora em que vocês planejam uma saída a dois; então, o problema são os filhos. Sei que existem crianças agradáveis, que apoiam o relacionamento do pai com outra mulher que não seja sua mãe (geralmente, isso acontece se os filhos são mais velhos), mas também existem os pestinhas que fazem pacto com o capeta para atormentar a sua vida. Porém, há um detalhe: na maioria dos casos, os homens mais perfeitos, aqueles que você mais gosta e se apega, são os pais desses pestinhas. Daí, você fica numa sinuca de bico entre matar os 'anjinhos' e aturá-los só para laçar o coração do papai.

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Depois de alguns envolvimentos com papais, resolvi que ia fugir deles. Nem perguntaria mais o nome e o telefone do cara, a primeira pergunta seria: 'Tem filhos? Quantos?'. Ou então faria uma longa análise do perfil da filharada para avaliar o meu grau de envolvimento. Mas, vocês me conhecem e sabem que minhas teorias não passam de teorias...
...porque, na prática, me envolvi com mais um papai.

Conheci o Fabiano em uma visita que fiz a um cliente da agência de publicidade. Moreno, alto, forte, olhos cor de mel, 37 anos, era diretor do departamento de criação. Viajado, bilíngue, com uma carreira de sucesso. Preenchia todos os requisitos que pedia o meu coração. Nos encontramos em algumas reuniões de trabalho. No começo, ele não esboçava nenhum interesse por mim, ao contrário do que eu sentia por ele. Porém, numa terceira reunião, fomos tomar um chope num happy hour da agência dele e, ao final, ele me ofereceu uma sagrada carona. Aproveitei a oportunidade para pesquisar mais da vida do gatão.

- Obrigada pela carona viu? Meu carro está no mecânico...mas não quero incomodar.
- Que isso. Incômodo algum. Hoje eu estou tranquilo, as crianças estão na casa da mãe.

Crianças? Não estou gostando do rumo dessa conversa. Quer dizer que o bonitão é papai e ainda no plural?

- Ah, você tem filhos? - perguntei desejando ouvir um não de resposta.
- Eu tenho. Dois. A Lara e o Lucas. Olha aqui a foto deles. - disse ele abrindo o porta luvas e retirando uma foto dele com os filhos. Realmente, eram lindos. Mas intui que me dariam problemas se eu me envolvesse.
- Realmente são lindos.

Ele me deixou na porta de casa e perguntou se eu podia dar o número do meu telefone. Educadamente, eu dei. Mas rezei para que ele não me ligasse. Afinal, eu não queria ser Namodrasta novamente. Porém, ele quebrou todas as regras e me convidou para um passeio no parque no dia seguinte. A insistência foi tanta que resolvi aceitar. Mas seria um passeio de amigos. Ledo engano, terminamos a caminhada abraçados e nos beijando embaixo de uma árvore do Ibirapuera, dividindo o mesmo picolé.

O que eu previa já acontecera. Ele era incrível. Culto, um papo legal, um beijo maravilhoso...era tudo que eu estava esperando, mas eu não podia me envolver. Por isso, prometi a mim mesma que tudo acabaria ali mesmo naquele parque.

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- Diana, eu não acredito que você vai dar um fora no cara só porque ele tem filhos!!! Para de ser quadrada né?
- Não é isso, Bê, ele é maravilhoso, mas eu não posso cair nessa de novo. A gente sabe muito bem o fim da história eu só me dou mal.
- Vai que dessa vez é diferente?
- O pior é que eu não sei mais que desculpa inventar para não sair com ele. Ele me liga toda hora!!!
- Se eu fosse você, não jogava esse peixão fora...e qualquer coisa, manda os pentelhos pro colégio interno.

Sendo assim, resolvi amolecer meu coração e aceitar sair com ele. Fazia um mês que a gente estava saindo, a gente se dava muito bem, ele era uma ótima companhia, ainda mais porque eu ainda não tinha conhecido os pequeninos, mas eu sabia que aquele dia ia chegar. E chegou.

- Di, antes da gente subir preciso te contar uma coisa. - dizia ele dentro do carro na garagem do prédio dele. - Como você sabe, eu tenho dois filhos. Fui casado por 10 anos. Sou separado, tenho um bom relacionamento com a mãe deles, mas como ela é jornalista e viaja muito, eu tenho a guarda compartilhada. Espero que o fato de eles morarem comigo algum tempo não te incomode. Quero muito que você os conheça e tenho certeza de que se darão super bem.

Era só o que faltava. Além de pai de dois filhos, ainda morava com eles? Senti que o paraíso ia se tornar um inferno. Ao entrar no apartamento, um garotinho, de seus 6 anos, correu para abraçar o pai. AO me ver, ficou um pouco ressabiado, mas logo me deu um beijo e foi brincar com seus carrinhos. Em seguida, uma mocinha, mais parecendo uma mini Barbie, apareceu na sala. Era a Lara, tinha 10 anos, e nosso olhar logo entregou que a gente não se daria bem. Ela ficou me olhando de cima a baixo e me cumprimentou falsamente.

- É sua amiga de trabalho, pai? Igual a Kátia? - dissimulou a menina, querendo que eu entrasse no jogo.
- Lara, eu já te expliquei que essa é a namorada do papai.
Nossa, eu era namorada?! Ou era só uma desculpa para não ter que explicar que eu era um peguete dele?
- Agora, vão lavar as mãos e vamos jantar. - dizia ele.
- Estou sem fome. Eu não quero comer.

Logo percebi que a tal da Lara era uma pirralha mimada, metida a patricinha e que não tinha gostado nada, nada de mim. Ao contrário do Lucas, que até me ensinou a jogar Playstation. A noite até que foi agradável. Como era tarde e a babá do Fabiano estava de folga, ele pediu que eu dormisse lá. Um pouco ressabiada, aceitei. A pior escolha.

******

Pela manhã, fui acordada por duas vozes que pareciam discutir na sala. Pude perceber que o Fabiano falava com uma mulher. Percebi que ele discutia com a ex-mulher que aparecera de surpresa na casa dele. Depois de saber através da mini Barbie que eu estava na casa, ela resolveu armar um barraco e exigir respeito perante dos filhos e ameaçou pedir a guarda somente para ela se ele continuasse saindo com vagabundas, isso mesmo, foi assim que ela me classificou. Minha vontade era sair correndo daquela confusão, mas se eu corresse alguém me viria na sala e se eu pulasse a janela, morreria. Resolvi esperar quietinha. Depois de uma hora de discussão, percebi que ela já tinha ido. Fingi que ainda dormia, vi que o Fabiano tinha entrado no banho, me troquei e parti sem ele perceber.

Eu não quis esperar. Não queria explicações. Se alguém tinha que sair daquela situação era eu. Mais uma vez, ledo engano, o Fabiano me procurou. Pediu desculpas pelo ocorrido, disse que a ex sempre agia assim quando descobria que ele estava com alguém (e eu mais uma vez tinha caído no velho discurso de que os ex se davam bem!). Mas ele não queria me perder, estava super afim e mim e perguntou se eu estava afim de encarar essa situação e continuar com ele. Eu deveria ter dito 'Não, Fabiano, eu não quero isso para mim'. Mas o beijei e selei a nossa união.

A ex atormentou um pouco no começo, mas como viu que não estava dando certo, resolveu me atacar usando uma arma mais poderosa. Seus filhos. Certo dia, o Fabiano ia chegar mais tarde do trabalho e a babá tinha ficado doente, pediu que eu levasse as crianças para minha casa que ele os pegaria depois. Por amor, resolvi encarar essa batalha - nada fácil.

Como eu não era muito boa de cozinha, resolvi pedir pizzas, comprar sorvete e aluguei uns filmes. O Lucas se deliciou com as guloseimas, mas a Lara...

- Eu não gosto de pizza. Você sabia que não é saudável? A mamãe não gosta que a gente coma isso..se ela souber que você deu pizza pro Luquinha vai ficar brava. - ameaçou-me a aprendiz de feiticeira.

- Mas, Lara, é só por hoje. Só para se divertir. E sua mãe não precisa saber. - tentei reverter

- Mas eu vou contar. Eu não gosto de mentir para minha mãe.

- Vamos fazer assim, eu faço uma saladinha para você pode ser?

Abri minha geladeira e percebi que eu não tinha verduras em casa. Mas eu tinha que dar um jeito para amansar a ferinha. Pedi que ela tomasse conta do Lucas por alguns minutos só para que eu fosse a mercearia do outro lado da rua para comprar verduras. Quando voltei da mercearia, encontrei o Lucas chorando com um galo na testa e a Lara no telefone, falando com a mãe contando sobre o acidente.

Apesar de saber que (muito provavelmente) ela tinha feito o irmão se acidentar para jogar a culpa em mim, corri para o pronto-socorro com o Lucas e, no caminho, liguei para o Fabiano que também foi para lá. Quando ele chegou, percebeu que eu estava tão nervosa quanto ele. E, antes que eu pudesse explicar, a mãe das crianças entrou feito uma fera na recepção acusando-me:

- Eu quero você longe dos meus filhos. Você sabia, Fabiano, que ela deixou os dois sozinhos em casa?
- Foi cinco minutos, eu fui do outro lado da rua comprar verduras para a Lara...
- Você é louca??? A Lara tem alergia a verduras...você quer matar meus filhos!!! Fabiano, se ela continuar perto dos meus filhos, diga adeus a eles ok?

Logo percebi que eu tinha caído num jogo e tinha perdido feio. Apesar do Fabiano insistir para que eu ficasse no hospital, achei melhor ir para casa e sumir da vida dele. E eu sumi por uns dias. Mas ele não. Me surpreendeu na porta da agência na hora do meu almoço.

- Posso conversar com você, Diana?
- Você ainda quer falar comigo? Achei que...
- Eu queria pedir desculpas pelo que a Talita fez com você. Eu sei que você não teve culpa. A gente sabe como é criança né? Ele poderia ter se acidentado mesmo com você por perto. O Lucas é hiperativo. Eu também já conversei com a Lara e ele prometeu que vai ser uma boa menina com você.
- Olha, Fabiano, muito obrigada por me entender, mas para mim não dá para continuar.
- Por que?
- Porque essa é uma guerra que eu já tentei lutar e já perdi muitas vezes. Não estou mais afim de perder. Você é um cara legal, mas para mim não dá.
- Tudo bem, compreendo.

Nos abraçamos e eu parti, Foi duro esquecê-lo, mas foi melhor assim. De uma vez por todas, não nasci para ser namodrasta. Não mesmo.

PAPO DE CALCINHA: E você já foi uma NAMODRASTA também?

terça-feira, fevereiro 08, 2011

HORA DE RECOMEÇAR


Por Letícia Vidica


Pior do que terminar um namoro é ter de encarar o dia seguinte. E todos os outros que se seguem se você estiver na solidão. Acordar e perceber que aquela barba que te roçava o rosto e aquele corpo que te abraçava já não estão mais lá. Que agora te restou apenas o travesseiro para apalpar. Olhar o visor do celular e não ter nenhum torpedo ou ligação perdida de quem te desejava o ‘bom dia’ sagrado. Acho até que os peixes fora d’água se sentem melhor.

‘E agora?’ Foi essa a pergunta que me fiz durante muito tempo depois que terminei com o Pierre. ‘E agora, José? O que vai ser de mim? Será que tenho forças para recomeçar?’. Incrível que a gente passa tanto tempo solteira, depois arruma um namorado e, quando se separa, parece até que nunca viveu sozinha. É como se você tivesse desaprendido a andar e de um dia para o outro precisa competir a São Silvestre.

Amigas. Ainda bem que não me desfiz das minhas, enquanto namorei. Pior seria sem elas para nos ajudar a recomeçar.

- Gente, acho que vou enlouquecer. Eu não consigo parar de pensar no Pierre!!! Eu não sei viver sem ele. – dizia choramingando no colo da Betina e da Lili.

- Muita calma nessa hora! Ora, o Pierre não nasceu grudado com você. – recriminava Betina

- Força na peruca, Di. Dá um trato no visu, sei lá, cuida mais de você...vai te fazer bem. – dizia Lili.

Incrível como os meses tinham passado e eu tinha deixado a minha vaidade totalmente de lado. Realmente, de nada adiantaria virar um bicho das cavernas. O Pierre não ia me querer daquele jeito.

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PRIMEIRO PASSO. Resolvi mudar o visual. Me olhei no espelho e vi que não queria mais ver a imagem daquela Diana, a ex namorada do Pierre. Então, marquei um dia no salão.
- Corta, repica, faz o que você quiser...mas me deixe sair daqui outra pessoa, pelo amor de Deus. – supliquei ao cabeleireiro.

- Ih, terminou com o bofe né?

- Como você sabe???

- Ah, minha filha, mulher quando chega desesperada desse jeito para cortar, repicar, mudar...das duas uma...ou arrumou um amante ou levou um pé na bunda. – dizia o Beto, o meu cabeleireiro.

- Ai, Beto, o Pierre não me ama mais ... – eu dizia com a voz marejada.

- Ih, mona, pode fechar o berreiro. Azar do bofe. Vou te deixar poderosa...aposto que você arruma outro em dois tempos.

Passei a tarde toda no cabeleireiro. Fiz barba, cabelo e bigode. Tudo como manda o figurino. Quando o Beto me mostrou frente ao espelho, mal reconheci. Eu realmente tinha mudado...externamente...porque a minha dor e saudade continuavam as mesmas.

- E agora? Vai para onde? – perguntou o Beto.

- Ah, vou para casa. – respondi desanimada.

- Nuncaaaaaa...eu não desperdicei todo o meu talento em você para você ir para casa, chorar, assistindo a novela das nove. Bora para balada né?

- Balada, Beto? Acho que nem sei mais dançar.

- Isso a gente nunca esquece. Olha, tenho alguns ingressos para uma baladinha nova no centro. Liga para suas amigas, daqui uma hora estou liberado e faço um esforço para ir com vocês...o DJ é meu amigo.

Apesar de não estar muito animada com a balada, resolvi aceitar. Quem sabe me ajudaria?

*****

SEGUNDO PASSO. Lá estava eu na balada. Enquanto a Lili, Betina e o Beto se acabavam na pista, eu me sentia um E.T.. Meus braços e pernas não conseguiam acompanhar o ritmo da música. E falando em música, percebi que não conhecia nenhuma. Para evitar o mico total, preferi ir ao bar pedir uma bebida.

- Ih, desistiu, fofa? – perguntou o Beto que correu atrás de mim ao perceber a minha fuga.

- Ah, tô com sede.

- Me engana, nega...desembucha...

- Ai. Beto, estou me sentindo uma velha nesse lugar. Não sei mais dançar. Não conheço música nenhuma...

- Di, recomeçar não é fácil. Gata. Mas a gente precisa dar o primeiro passo. E se você não colaborar, vai ser pior. Toma esse drink aqui, relaxa, se solta e divirta-se. Hoje a noite é sua.

Enquanto eu bebia o tal drink, percebi que um homem me olhava. Tentei disfarçar, mas os olhos do Beto foram mais rápidos.

- Diana do céu, que bofe lindoooo...e tá dando mole para você viu?

- Impressão sua, Beto. E eu nem quero ficar com ninguém.

- E porque não? Não esquece que você é solteira agora, viu??? – disse o Beto se empirulitando no meio da pista.

Realmente, eu era solteira. Tantas vezes desejei ser livre para me acabar de dançar a noite toda, beber com as amigas e beijar novas bocas. Agora que tinha meu desejo concedido achava tudo aquilo tão sem graça. Dava tudo para estar em casa embaixo do edredon comendo pipoca e assistindo a um filme velho na tevê ao lado do Pierre. Mas tive de acordar do sonho, quando aquele homem se aproximou.

- Tá afim de dançar?

- Obrigada, mas não vou fazer você pagar um mico. Eu não danço muito bem.

- Não tem problema. Me acompanha num chope então? Qual o seu nome?

Começamos a jogar conversa fora. Ele era até que bonito, solteiro, educado... mas não era o que eu queria. Ele deu algumas investidas, eu desbaratinei, disse que ia ao banheiro e resolvi esperar as meninas do lado de fora da balada.

- O que houve, Diana? Porque você sumiu? – perguntou Betina.

- Eu não estava me sentindo bem.

- Achei que tinha se perdido com o bonitão. – disse Lili.

- Nada a ver, Lili.

- Num creio que você disperdiçou aquele Deus...ai se ele fosse gay! – lamentava Beto.

- Amiga, vi que você não curtiu a noite né? Mas não desiste ok? – consolava Betina me abraçando.

- Acho que só tem uma solução para você esquecer o Pierre!!! Arrumando um novo amor. – sugeriu Lili.

Será que um outro amor seria capaz de me fazer esquecer do Pierre? Curaria essa mágoa e angústia que eu trazia no peito?

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TERCEIRO PASSO. Empenhei a batalha na procura do meu novo príncipe encantado. Estava disposta a arrumar um novo namorado ou, pelo menos, um novo caso.

Foi quando eu conheci o Rodolfo. Ele era amigo de uma prima minha. Trocamos telefones, começamos a sair e a nos envolver. Ele parecia estar completamente caído por mim e eu? Me esforçava para gostar dele.

- E o Rodolfo, Di? Como vocês estão? – perguntava Lili.

- Ah, tá bem.

- Nossa, que empolgação! – dizia Betina.

- Ah, ele é educado, romântico, carinhoso, inteligente, beija bem, mas...

- ...mas não é o Pierre né? Diana, pare de procurar o Pierre em todos os caras que você conhece. Ninguém é igual. Não vai adiantar mudar o visual, ir para balada, arrumar um novo namorado se você não está disposta a esquecê-lo e a tocar sua vida em frente.

Mais uma vez, Betina me fez enxergar a realidade. Eu não gostava do Rodolfo. Eu estava o usando. Não era justo fazer dele uma muleta para esquecer o Pierre. Eu tinha que encarar aquela parada sozinha.

Foi o que fiz. Terminei o ‘lance’ com o Rodolfo. Disse que não estava num bom momento e que não era justo magoá-lo. Ele ficou um pouco inconformado, mas acho que percebeu a desculpa e sumiu.

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QUARTO E ÚLTIMO PASSO. Parti para a fase mais difícil do processo. Encarar que estava solteira, livre , leve e solta. Aos poucos, fui me acostumando com a idéia e aprendendo a me valorizar. Aprendendo a conviver comigo mesma. Me redescobrir.

Redescobrindo meus gostos, preferências, desejos, metas...realizando sonhos..fazendo tudo e nada comigo mesma.

Ao final da descoberta, novamente me apaixonei por mim. E hoje sei que, independente do homem que aparecer, sou mais eu e sou eu em primeiro lugar. SEMPRE!!!

PAPO DE CALCINHA: Conte-nos qual foi a sua receita para recomeçar...