domingo, dezembro 24, 2006

CARTA AO PAPAI NOEL

Por Letícia Vidica

Estava pensando em escrever uma carta para o Papai Noel. Quando eu era pequena, já escrevi bastante. Todo Natal minha mãe me levava nos Correios para que eu postasse a minha cartinha. Eu ficava o ano inteiro pensando no que pedir para o bom velhinho: uma boneca, um vestido novo, um vídeo-game... a lista era sem grande e a minha ingenuidade também.

Acho que acreditei em Papai Noel até uns 12 anos. Foram 12 anos de muita euforia ao postar minha cartinha e receber na noite de Natal o presente, que eu acreditava ser do bom velhinho. Tempos ingênuos, tempo bom que me traz saudades...pois acho que a vida era bem mais colorida, quando eu acreditava que Papai Noel existia, vivia na Lapônia e entrava pela chaminé da minha casa, mesmo que minha casa não tivesse chaminé.

Depois que descobri que o bom velhinho era o meu pai e que ele não andava de renas, os Natais nunca mais foram os mesmos. A magia do Natal se perdeu um pouco dentro de mim. Mas esse ano, estou com vontade de escrever uma carta para o Papai Noel, pois acho que ele nunca morreu dentro de mim.

Se eu fosse escrever uma carta para o Papai Noel, o que eu pediria? Um namorado, obviamente, mas eu não quero qualquer homem. Tem que ser um homem carinhoso, que me entenda, que seja bonito, inteligente, educado, que goste da minha família, ature os meus defeitos, tenha muita disposição, seja bem-humorado, saiba me ouvir, odeie futebol, tenha poucos amigos, com uma mãe adorável (claro!)...será que é pedir muito? Se for difícil, Papai Noel pode me ceder um dos seus ajudantes natalinos, deve ter algum bonitinho disponível lá na Lapônia.

Mas será que eu seria feliz só com um namorado? As crianças abusam de seus pedidos, acho que ele não iria se importar. Dinheiro. Isso. Preciso de muito dinheiro para comprar um carro, reformar o meu apartamento, fazer uma longa viagem, trocar todo o meu guarda-roupas,pagar minhas contas (muito importante) e sair por aí sem ter que pedir descontos, comprar na promoção, parcelar em 500 mil vezes, ou seja, se me endividar ainda mais.
Namorado e dinheiro é uma ótima combinação. Ah, Papai Noel, ainda não sei se vou ser feliz...o que mais me falta? ... um ótimo emprego, claro. Estou gostando de trabalhar nessa nova agência,mas não seria nada mal se eu pudesse abir a minha e ter ótimos clientes, contas grandes, clientes grandes e ótimos funcionários.


Acho que é só: namorado, dinheiro e trabalho. Seria muito feliz assim, não seria? Não, não seria... Acho que tenho mais pedidos, mas Papai Noel não vai conseguir trazê-los numa única noite...mas me contento se, pelo menos, o meu primeiro pedido...não é pedir muito é?

O resto eu deixo pra cartinha do ano que vem...prometo!

quarta-feira, outubro 25, 2006

DONA DO MEU PRÓPRIO NARIZ... E DAS MINHAS DÍVIDAS TAMBÉM


Letícia Vidica

Acho que já comentei que sou uma publicitária ... dedicada, estressada, frustrada por não trabalhar numa grande agência. Uma agência renomada, com grandes contas, grandes prêmios, grandes festas, pessoas com pensamentos grandes, homens grandes...ops, vamos parar de delirar! A única coisa que bateu na minha porta foi uma agência de publicidade pequena, bem pequena não, média podemos dizer assim.

Trabalho na "Matuta Produções e Criações" há cinco anos. CInco anos me dedicando dia e noite a aguentar as reclamações do meu chefe, as encheções de saco do meu chefe, a chatice dos clientes, as reclamações do meu chefe, a chatice dos clientes e assim vai sucessivamente. No começo foi legal. Entrei na Matuta assim que saí da faculdade. Não queria ser mais uma com diploma na mão e sem emprego na outra. Aceitei uma das primeiras propostas que me apareceram. A grana no começo era legal. Também para quem ganhava pouco mais de um salário mínino como atendente de lanchonete, qualquer merréis é lucro.

Um ano, dois anos, três anos... cinco anos já se passaram e eu continuo na Matuta. Não sou mais uma profissional feliz. Não me sinto mais realizada. Todos os dias, quando o despertador toca, a minha vontade é deixar ele tocando e fingir que não estou ouvindo Dormir até meio-dia e fazer tudo aquilo que eu sempre quis fazer, mas a Matuta nunca deixou.

- Pede logo as contas, mulher.
- Ai, Betina, pra você que tem dinheiro, é fácil né? Esqueceu que eu moro sozinha e tenho minhas contas para pagar.


- Eu sei...mas se você está infeliz! E outra você é uma profissional competente e pode arrumar algo melhor.

Profissional competente é o que todos falam, mas até agora não lucrei com toda essa minha competência. O salário continua menor do que as minhas dívidas, trabalho mais do que o necessário, estou esquecendo quase tudo que aprendi poque não apliquei até agora (sou obrigada a seguir os padrões da publicidade de 1950). O mundo tá evoluindo e eu me sinto indo contra toda essa evolução.

**********

"Vai ser hoje. Hoje eu peço as contas. Vou chegar e dizer ´olha, muito obrigada, mas não dá mais não". É o que eu penso todos os dias em dizer, quando estou à caminho da agência. Chego lá sempre desejando que aquele seja meu último dia, mas nunca é. Será que esse dia vai chegar?

Sei que num país de desempregados não posso me dar ao luxo de querer jogar a minha única fonte de sustento para o alto, mas não aguento mais. Um dia, minhas preces serão ouvidas...

*******

- Bom dia, Diana!
- Nossa, Rose, que cara é essa?
- Te prepara, garota. O clima aqui é dos piores hoje.
- Posso saber por quê?
- Simplesmente porque perdemos a conta da SHZ.
- Da SHZ? Mas eles são os únicos clientes decentes e mais ricos que a gente tem...
- Pois é...


O dia seguiu até às seis da tarde com clima de velório e enterro ao mesmo tempo. A porta da chefia ficou fechada o dia todo. Meu querido chefe não saiu nenhuma hora para dizer algo. Como já era esperado, no fim do expediente, Seu Jorge reuniu a trupe:

- Gente, nem sei como começar a dizer isso...

Vou resumir: ele fez aquele discurso típico de que éramos uma ótima equipe, bons profissionais, que ele gostava muito da gente, mas que a empresa ia ter que passar por uma reestruturação e conter gastos. Preciso dizer que o meu salário e o meu emprego foi um dos gastos que ele cortou?!

Saí de lá com o meu sonho realizada: era mais uma desempregada no meio de milhões. Cheguei em casa meio pasma, meio feliz e meio triste. Agora eu era dona do meu próprio nariz. Não precisaria mais acordar cedo, aguentar encheções de saco de patrão e de cliente. Ia poder nadar, ir ao cinema numa tarde ensolarada, fazer tudo e nada numa segunda-feira...

Mas parecia que as contas coladas na geladeira gritavam: "Ô, sua pateta, e a gente? Como vamos ficar?". É, realmente, como eu ia ficar e como eu ia fazer pra pagar todas as contas que gritavam da minha geladeira. Eu até ia tirar uma grana do seguro desemprego e da rescisão,mas um dia a grana ia acabar. E esse dia estava muito próximo.

****

- O que eu faço?
- Ué, você não queria sair da agência.
- Queria...queria sair e não que me tirasse de lá. E agora? Como vou fazer? Vou ter que voltar pra casa dos meus pais. E eu jurei que não voltaria, que podia provar que seria independente, dona do meu próprio nariz...e agora só sou dona do meu prejuízo..
- Calma, Di, tudo vai se ajeitar. Guarda uma grana pra sobreviver esses meses e corre atrás de outro...
- Como se fosse fácil né? Fila, entrevista, processo seletivo...tudo de novo, não! Acho que vou me engajar para conseguir um homem rico...é isso...um homem rico é a solução para os problemas das mulheres solteiras desempregadas do Brasil.
- Ô anjinho, desce daí de cima. O máximo que você vai conseguir frequentar é o boteco da esquina e se contente de o dono do bar te der uma piscada...acorda!
- Ai, credo...


A Betina estava certa. Eu tinha que parar de sonhar e cair na real. Me arrependi por ter desejado um dia sair da Matuta. Agora estava aqui: sem emprego, com pouco dinheiro e cheia de dívidas para pagar e que não paravam de gritar de todos os cantos do meu apartamento.

PAPO DE CALCINHA: QUEM JÁ PASSOU PELO GOSTO TERRÍVEL DO DESEMPREGO? COMO SUPEROU?

UNIVERSO DA MULHER


GALERA, TÔ FICANDO POP!!!!

Daqui há alguns anos, terei meu nome estampado com luzes de neo nos outdoors da cidade...rs

Brincadeirinha, é que estou feliz e não podia deixar de dizer que o PAPO DE CALCINHA está ganhando novos horizontes....

Agora, além de publicar as histórias no blog, também estou postando no site UNIVERSO DA MULHER www.universodamulher.com.br. Por enquanto, tenho um link do blog no final da página. Mas, em breve, terei uma coluna todinha minha e você poderá me ajudar...

Um super beijo e não deixem de acessar lá e cá!

sexta-feira, outubro 06, 2006

"SERÁ QUE ELE É? É SIM E É MEU AMIGO!"


por Letícia Vidica

Moreno sarado, olhos castanhos que no sol viram cor de mel, sorriso encantador, inteligente, trabalhador, dois metros de muita saúde, educado, entende todos os meu problemas, aguenta as minhas crises, me diz umas verdades quando eu preciso, nunca me deixa sair de casa horrorosa ou com uma roupa nada a ver. Quem é ele? O homem perfeito? Um anjo? Será que a Diana desencalhou? Nada disso! Este deus de ébano é o meu melhor amigo, o Fabrício, mais conhecido na noite como Fafá Purpurina. É isso mesmo que vocês está pensando......felizmente ou infelizmente, eu eu o Fafá gostamos da mesma fruta. Ele é homossexual.
Achei que devia falar dele, pois depois das minhas amigas, o Fafá é uma das pessoas que mais me entende (e muitas vezes é a única). E depois de longos anos de amizade, cheguei a uma conclusão: o gay é o melhor amigo de uma mulher. Toda mulher deveria ter um amigo homossexual.
***************
Eu e o Fabrício nos conhecemos há uns dois anos no salão de cabelereiro que eu frequentava. Lembro que, quando cheguei no salão e olhei para aquele morenaço, logo alimentei esperanças...esperanças que morreram assim que ele veio me atender e disse descaradamente:
- Menina, que cabelo horroroso! Vamos dar um jeito nisso agora. - confesso que fiquei meio decepcionada de deixar que aqueles dois metros de altura virasse um concorrente meu. Mas logo me apaixonei por ele e passei uma tarde muito gostosa no salão.
Uma não. Várias. Porque depois desse dia, ele virou o meu cabelereiro e confidente número um. Todo sábado era sagrado ir no salão para ouvir as histórias do Fafá. Muito bem humorado e espalhafatoso também, ele sempre tinha uma boa história para contar e bons ouvidos para ouvir.
Nossa amizade começou a surgir assim, entre uma escova e outra. E logo logo, o Fafá já havia virado meu melhor amigo. De lá pra cá, a gente não se desgrudou mais. O coitado já aguentou muito choro meu e me deu muita bronca também por causa das minhas confusões amorosas e a gente também já passou momentos muito agradáveis juntos.
***************************
- Oi, amigaaaaaaaaaaaa....que horror, Diana. Você está com uma cara péssima. E esse pijama amassado às quatro horas da tarde? Minha filha, acorda pra vida. Sobreviva! - era sábado e mais um daqueles que eu estava na deprê total. Fazia um mês que eu havia acabado o namoro e estava carente.
- Entra, Fafá.
- Posso saber o motivo do velório?
- Tô mal. Hoje faz um mês que o Rodrigo me deixou.
- Linda, vamos mexer o bolo que a fila tá andando. Eu sempre te disse que aquele magricela não te merecia, mas você sempre insiste em errar né, fofa? Agora eu não admito que você perca esse dia lindo por causa de defunto? Sai desse corpo que não te pertence.
- É difícil, Fafá.
- Difícil é ressucitar, minha querida. Por isso, eu te dou meia hora para você tomar um banho, colocar uma roupinha, um batom, arrumar esse cabelinho e cair na gandaia comigo.
- Ah, não tô afim, Fafá...
- Sem choro nem vela...Um, dois, três.
Era sempre assim. Parece até que ele sentia quando eu não estava bem. Batia uma deprê e lá estava ele para me levantar. Já chegamos até a achar que fomos alma gêmeas em outras vidas, que a nossa ligação é cármica, sei lá.
***************************
Sempre que ele queria me animar me levava para a casa dos seus amigos. Eu costumava dar boas risadas por lá. Apesar de que, às vezes, a deprê só piorava, depois de ver tanto homem bonito, educado, malhado junto e saber que nenhum deles jamais ficaria comigo. O Fafá é que é feliz, sempre tem alguém.
Outro dia, ele apareceu com um negrão lindo, no outro, foi um lourão...cada hora era um mais lindo que o outro. Às vezes, entro até em paranóia ao ver tanto homem bonito saindo do mercado...e eu ficando aqui na ponta de estoque e ninguém querendo, ao menos, fazer uma degustação. Por isso, pra me consolar só mesmo o Fafá. Valeu amiguinho!


PAPO DE CALCINHA: VOCÊ TEM ALGUM AMIGO HOMOSSEXUAL? CONCORDA QUE O HOMOSSEXUAL É UM ÓTIMO AMIGO DA MULHER?lericiav@ig.com.br

segunda-feira, setembro 25, 2006

TAMANHO NÃO É DOCUMENTO, MAS A IDADE...

- Nossa, como você está metida, Betina... outro dia, te vi correndo com o seu sobrinho gatinho do lado lá no parque e você nem me olhou, hein? Vai ser tia dedicada assim...
- Não era meu sobrinho, Lili! É o Pedro, o meu novo gatinho...
- O quê?! Aquele menino pingando leite é o seu novo caso? Toma vergonha na cara né?
- Qual o problema?
É, qual o problema?! Esse foi o tema daquela tarde de domingo, regada a pipoca e Faustão (no mudo, confesso) na casa da Betina. Ela havia arrumado um novo casinho. Nada mal para uma pessoa que está solteira há quase um ano. Mas agora ela havia resolvido soltar as frangas. Nada mal senão fosse para cima de um pintinho.
A Betina havia conhecido o Pedro na biblioteca da faculdade dela. Detalhe: ela está fazendo MBA e ele está no primeiro semestre do primeiro ano de Administração. A Betina tem quase 30 anos e o Pedrinho, 18.
- Ai, gente, qual o problema com a idade do Pedrinho?! Eu não ligo. Ele é uma gracinha e bem melhor que esses velhos gagás que eu já arrumei. É bem mais saúde, mais disposto, mais alegre e, sem contar, que eu acho o máximo passear com ele no corredor da faculdade e ver aqueles menininhas babarem por ele...
- Isso é ridículo, Bê. As meninas devem pensar o que uma tiazinha está fazendo com um menininho...dando de mamar?
- Ih, Lili...não to te entendendo, você é bem mais velha que eu e eu sou a tiazinha?
Nem preciso dizer que as duas passaram a tarde toda trocando faíscas sobre o bebezinho da Betina. Eu resolvi nem me meter. Afinal de contas, concordo com ela, pra quem ta solteira, qualquer sorriso é lucro. Se bem que eu não sei se encararia um baby ao meu lado.
*****
Eu sempre procurei um cara mais maduro, responsável, dono do próprio negócio, que fosse dono de si e que me desse total segurança. Mas só arranjei, até hoje, moleques perdidos, vagabundos, irresponsáveis e que me deixaram á beira de um ataque de nervos. Sem contar que os caras mais velhos com quem me envolvi, em sua maioria, já eram envolvidos.
Acho esse lance de idade muito complicado, sabe? Nesta parte, tenho que admitir que os homens são bem menos grilados. Sendo mulher ta valendo.
*****
Eu já estava sem dar uns beijinhos fazia umas semanas, sem dar um amasso há alguns meses e sem ouvir uma palavra carinhosa há quase um ano. Estava começando a me achar a pessoa mais sem graça e mal amada do mundo. E, quando me sinto assim, corro pra uma livraria, compro um desses livros espíritas ou de auto-ajuda (mas é segredo hien?) para buscar respostas para mim mesma. E aquele era mais um dia de livraria.
Andando pelos corredores, dei de cara com um tema que me chamou a atenção ‘ COMO ENTENDER AS MULHERES – UM LIVRO FEITO PARA MULHERES" Comecei a folheá-lo, até que percebi uma sombra atrás de mim e uma voz também:
- Nossa, mas você é tão complicada assim?
Quando me virei, me deparei com um sorriso encantador, um charme irresistível e um perfume dos deuses. Um homem muito bem vestido e uma voz linda estavam me olhando.
- Desculpe a brincadeira... é que eu ia pegar este livro e você se adiantou.
- Ah, você também quer entender as mulheres?! – ironizei
- Preciso. Sou terapeuta. Prazer, Alberto! – ele me estendeu a mão, entregando um cartão para quando eu precisasse de uma terapia. Incrível que, no dia seguinte, eu precisei (rs)?!
Telefonei pra ele e marquei uma consulta. Nem sei bem o que eu disse, mas a terapia fez muito bem pro meu ego. Tão bem que eu me consultei mais umas três vezes, até aceitar um café. Ele era divorciado, pai de dois filhos e era bem mais velho do que eu. Se não fossem seus charmosos cabelos brancos, ninguém diria que ele tinha 50 anos.
O Alberto era uma companhia muito agradável. Relutei um pouco pela idade, no começo. Poxa, o cara poderia ser meu pai! Mas ele era tão cavalheiro (coisa difícil de se encontrar hoje em dia) que eu me derreti toda. Até ir jantar com ele e os filhos eu fui. Pagando de madrasta acredita?!
****
- Você saindo com um tiozinho, Diana?
- Ah, gente, ele não é tão tiozinho assim, só tem uns 23 anos a mais do que eu. O que são 23 anos?
- O tempo suficiente para ele ter uma filha da sua idade...
- E ele tem...é a Adriana, um amor de pessoa sabia, Lili?!
- Num creio!
- viu só? Vocês ficam me criticando por causa do Pedro e agora ela vem com um tiozinho viu só? A idade não tem nada a ver...
- Não tem mesmo...aquele ali se abraçando naquele carro não é o Pedro?
Preciso dizer que o Pedro trocou a Betina por uma dessas garotinhas com jeito de Barbie Girl e com a metade da idade dela?! Talvez, a idade tenha realmente alguma importância. Pelo menos, para alguma das partes. No meu caso, eu acho que pesou mais pra mim. Eu ainda tenho muito a conquistar e a fazer. O Alberto já conquistou tudo, até a aposentadoria, e eu ainda não estou em idade de bingo. Vai entender as mulheres né?
PAPO DE CALCINHA: Amiga, você já se envolveu com alguém mais velho ou mais novo do que você? E aí, o lance deu certo? Conta vai...

terça-feira, setembro 19, 2006

TAMANHO NÃO É DOCUMENTO, MAS A IDADE...

Por Letícia Vidica

- Nossa, como você está metida, Betina... outro dia, te vi correndo com o seu sobrinho gatinho do lado lá no parque e você nem me olhou, hein? Vai ser tia dedicada assim...

- Não era meu sobrinho, Lili! É o Pedro, o meu novo gatinho...

- O quê?! Aquele menino pingando leite é o seu novo caso? Toma vergonha na cara né?

- Qual o problema?

É, qual o problema?! Esse foi o tema daquela tarde de domingo, regada a pipoca e Faustão (no mudo, confesso) na casa da Betina. Ela havia arrumado um novo casinho. Nada mal para uma pessoa que está solteira há quase um ano. Mas agora ela havia resolvido soltar as frangas. Nada mal senão fosse para cima de um pintinho.

A Betina havia conhecido o Pedro na biblioteca da faculdade dela. Detalhe: ela está fazendo MBA e ele está no primeiro semestre do primeiro ano de Administração. A Betina tem quase 30 anos e o Pedrinho, 18.

- Ai, gente, qual o problema com a idade do Pedrinho?! Eu não ligo. Ele é uma gracinha e bem melhor que esses velhos gagás que eu já arrumei. É bem mais saúde, mais disposto, mais alegre e, sem contar, que eu acho o máximo passear com ele no corredor da faculdade e ver aqueles menininhas babarem por ele...

- Isso é ridículo, Bê. As meninas devem pensar o que uma tiazinha está fazendo com um menininho...dando de mamar?

- Ih, Lili...não to te entendendo, você é bem mais velha que eu e eu sou a tiazinha?
Nem preciso dizer que as duas passaram a tarde toda trocando faíscas sobre o bebezinho da Betina. Eu resolvi nem me meter. Afinal de contas, concordo com ela, pra quem ta solteira, qualquer sorriso é lucro. Se bem que eu não sei se encararia um baby ao meu lado.

*****

Eu sempre procurei um cara mais maduro, responsável, dono do próprio negócio, que fosse dono de si e que me desse total segurança. Mas só arranjei, até hoje, moleques perdidos, vagabundos, irresponsáveis e que me deixaram á beira de um ataque de nervos. Sem contar que os caras mais velhos com quem me envolvi, em sua maioria, já eram envolvidos.
Acho esse lance de idade muito complicado, sabe? Nesta parte, tenho que admitir que os homens são bem menos grilados. Sendo mulher ta valendo.

*****

Eu já estava sem dar uns beijinhos fazia umas semanas, sem dar um amasso há alguns meses e sem ouvir uma palavra carinhosa há quase um ano. Estava começando a me achar a pessoa mais sem graça e mal amada do mundo. E, quando me sinto assim, corro pra uma livraria, compro um desses livros espíritas ou de auto-ajuda (mas é segredo hien?) para buscar respostas para mim mesma. E aquele era mais um dia de livraria.

Andando pelos corredores, dei de cara com um tema que me chamou a atenção ‘ COMO ENTENDER AS MULHERES – UM LIVRO FEITO PARA MULHERES" Comecei a folheá-lo, até que percebi uma sombra atrás de mim e uma voz também:

- Nossa, mas você é tão complicada assim?

Quando me virei, me deparei com um sorriso encantador, um charme irresistível e um perfume dos deuses. Um homem muito bem vestido e uma voz linda estavam me olhando.

- Desculpe a brincadeira... é que eu ia pegar este livro e você se adiantou.

- Ah, você também quer entender as mulheres?! – ironizei

- Preciso. Sou terapeuta. Prazer, Alberto! – ele me estendeu a mão, entregando um cartão para quando eu precisasse de uma terapia. Incrível que, no dia seguinte, eu precisei (rs)?!

Telefonei pra ele e marquei uma consulta. Nem sei bem o que eu disse, mas a terapia fez muito bem pro meu ego. Tão bem que eu me consultei mais umas três vezes, até aceitar um café. Ele era divorciado, pai de dois filhos e era bem mais velho do que eu. Se não fossem seus charmosos cabelos brancos, ninguém diria que ele tinha 50 anos.

O Alberto era uma companhia muito agradável. Relutei um pouco pela idade, no começo. Poxa, o cara poderia ser meu pai! Mas ele era tão cavalheiro (coisa difícil de se encontrar hoje em dia) que eu me derreti toda. Até ir jantar com ele e os filhos eu fui. Pagando de madrasta acredita?!

****

- Você saindo com um tiozinho, Diana?

- Ah, gente, ele não é tão tiozinho assim, só tem uns 23 anos a mais do que eu. O que são 23 anos?

- O tempo suficiente para ele ter uma filha da sua idade...

- E ele tem...é a Adriana, um amor de pessoa sabia, Lili?!

- Num creio!

- viu só? Vocês ficam me criticando por causa do Pedro e agora ela vem com um tiozinho viu só? A idade não tem nada a ver...

- Não tem mesmo...aquele ali se abraçando naquele carro não é o Pedro?

Preciso dizer que o Pedro trocou a Betina por uma dessas garotinhas com jeito de Barbie Girl e com a metade da idade dela?! Talvez, a idade tenha realmente alguma importância. Pelo menos, para alguma das partes. No meu caso, eu acho que pesou mais pra mim. Eu ainda tenho muito a conquistar e a fazer. O Alberto já conquistou tudo, até a aposentadoria, e eu ainda não estou em idade de bingo. Vai entender as mulheres né?

PAPO DE CALCINHA: Amiga, você já se envolveu com alguém mais velho ou mais novo do que você? E aí, o lance deu certo? Conta vai...

segunda-feira, setembro 18, 2006


TAMANHO NÃO É DOCUMENTO, MAS A IDADE...

Por Letícia Vidica


- Nossa, como você está metida, Betina... outro dia, te vi correndo com o seu sobrinho gatinho do lado lá no parque e você nem me olhou, hein? Vai ser tia dedicada assim...

- Não era meu sobrinho, Lili! É o Pedro, o meu novo gatinho...

- O quê?! Aquele menino pingando leite é o seu novo caso? Toma vergonha na cara né?
- Qual o problema?

É, qual o problema?! Esse foi o tema daquela tarde de domingo, regada a pipoca e Faustão (no mudo, confesso) na casa da Betina. Ela havia arrumado um novo casinho. Nada mal para uma pessoa que está solteira há quase um ano. Mas agora ela havia resolvido soltar as frangas. Nada mal senão fosse para cima de um pintinho.

A Betina havia conhecido o Pedro na biblioteca da faculdade dela. Detalhe: ela está fazendo MBA e ele está no primeiro semestre do primeiro ano de Administração. A Betina tem quase 30 anos e o Pedrinho, 18.

- Ai, gente, qual o problema com a idade do Pedrinho?! Eu não ligo. Ele é uma gracinha e bem melhor que esses velhos gagás que eu já arrumei. É bem mais saúde, mais disposto, mais alegre e, sem contar, que eu acho o máximo passear com ele no corredor da faculdade e ver aqueles menininhas babarem por ele...

- Isso é ridículo, Bê. As meninas devem pensar o que uma tiazinha está fazendo com um menininho...dando de mamar?

- Ih, Lili...não to te entendendo, você é bem mais velha que eu e eu sou a tiazinha?
Nem preciso dizer que as duas passaram a tarde toda trocando faíscas sobre o bebezinho da Betina. Eu resolvi nem me meter. Afinal de contas, concordo com ela, pra quem ta solteira, qualquer sorriso é lucro. Se bem que eu não sei se encararia um baby ao meu lado.

*****

Eu sempre procurei um cara mais maduro, responsável, dono do próprio negócio, que fosse dono de si e que me desse total segurança. Mas só arranjei, até hoje, moleques perdidos, vagabundos, irresponsáveis e que me deixaram á beira de um ataque de nervos. Sem contar que os caras mais velhos com quem me envolvi, em sua maioria, já eram envolvidos.
Acho esse lance de idade muito complicado, sabe? Nesta parte, tenho que admitir que os homens são bem menos grilados. Sendo mulher ta valendo.

*****

Eu já estava sem dar uns beijinhos fazia umas semanas, sem dar um amasso há alguns meses e sem ouvir uma palavra carinhosa há quase um ano. Estava começando a me achar a pessoa mais sem graça e mal amada do mundo. E, quando me sinto assim, corro pra uma livraria, compro um desses livros espíritas ou de auto-ajuda (mas é segredo hien?) para buscar respostas para mim mesma. E aquele era mais um dia de livraria.

Andando pelos corredores, dei de cara com um tema que me chamou a atenção ‘ COMO ENTENDER AS MULHERES – UM LIVRO FEITO PARA MULHERES" Comecei a folheá-lo, até que percebi uma sombra atrás de mim e uma voz também:

- Nossa, mas você é tão complicada assim?

Quando me virei, me deparei com um sorriso encantador, um charme irresistível e um perfume dos deuses. Um homem muito bem vestido e uma voz linda estavam me olhando.
- Desculpe a brincadeira... é que eu ia pegar este livro e você se adiantou.

- Ah, você também quer entender as mulheres?! – ironizei

- Preciso. Sou terapeuta. Prazer, Alberto! – ele me estendeu a mão, entregando um cartão para quando eu precisasse de uma terapia. Incrível que, no dia seguinte, eu precisei (rs)?!

Telefonei pra ele e marquei uma consulta. Nem sei bem o que eu disse, mas a terapia fez muito bem pro meu ego. Tão bem que eu me consultei mais umas três vezes, até aceitar um café. Ele era divorciado, pai de dois filhos e era bem mais velho do que eu. Se não fossem seus charmosos cabelos brancos, ninguém diria que ele tinha 50 anos.

O Alberto era uma companhia muito agradável. Relutei um pouco pela idade, no começo. Poxa, o cara poderia ser meu pai! Mas ele era tão cavalheiro (coisa difícil de se encontrar hoje em dia) que eu me derreti toda. Até ir jantar com ele e os filhos eu fui. Pagando de madrasta acredita?!

****

- Você saindo com um tiozinho, Diana?

- Ah, gente, ele não é tão tiozinho assim, só tem uns 23 anos a mais do que eu. O que são 23 anos?

- O tempo suficiente para ele ter uma filha da sua idade...

- E ele tem...é a Adriana, um amor de pessoa sabia, Lili?!

- Num creio!

- viu só? Vocês ficam me criticando por causa do Pedro e agora ela vem com um tiozinho viu só? A idade não tem nada a ver...

- Não tem mesmo...aquele ali se abraçando naquele carro não é o Pedro?

Preciso dizer que o Pedro trocou a Betina por uma dessas garotinhas com jeito de Barbie Girl e com a metade da idade dela?! Talvez, a idade tenha realmente alguma importância. Pelo menos, para alguma das partes. No meu caso, eu acho que pesou mais pra mim. Eu ainda tenho muito a conquistar e a fazer. O Alberto já conquistou tudo, até a aposentadoria, e eu ainda não estou em idade de bingo. Vai entender as mulheres né?

PAPO DE CALCINHA: Amiga, você já se envolveu com alguém mais velho ou mais novo do que você? E aí, o lance deu certo? Conta vai...

terça-feira, agosto 29, 2006

A OUTRA DA HISTÓRIA


Por Letícia Vidica

Nós, mulheres, somos um bicho estranho realmente. Dependendo da lua, a gente varia o nosso humor e a nossa opinião também. Quando eu namorava com o Beto, há muito tempo atrás (porque faz muito tempo mesmo que eu namoro), em abominava traição. Morria de ódio, quando ele vinha me contar as histórias dos seus amigos garanhões que traíam as namoradas. Ficava irada mais ainda com as desculpinhas para trair (que são sempre as mesmas tiradas do Manual da Traição): ‘Nosso relacionamento não está legal”, “Ela já não é mais atenciosa”, “Estou confuso”... todas regadas de muito drama e nenhuma vergonha na cara.

Sempre fui do tipo de mulher que acha que, se o namoro não está legal, é mais fácil terminar. Fácil também é dizer, quando não se vive. Cá estava eu, estática na praça de alimentação daquele shopping, com um sorvete na mão e boquiaberta com a declaração da Betina:

- Di, aquele não é o Carlos?! Ao lado daquela mulher maravilhosa e daquele garotinho fofo?!

Rebobinando a história: Eu conheci o Carlos num workshop que a agência em que eu trabalho promoveu. Um cara muito culto, descolado, inteligente, lindo e maravilhoso. Nem preciso falar que me derreti toda né? A gente, obviamente, se envolveu e bastante. Toda semana a gente se via e eu estava realmente ligadona nele. Cheguei até a pensar que ele era o homem da minha vida. Porém, naquele instante, achei que meu homem estava era saindo da minha vida.

Pude constatar com meus próprios olhos naquele shopping de que o príncipe encantado já tinha uma rainha e um principezinho lindinho por sinal.

- Não acredito que esse cachorro é casado!

- Você nunca percebeu nada, Di?

- Como eu ia perceber?! O cara me liga todo dia, vai lá em casa e você quer que eu ache que ele ia ter tempo para uma família?

- Mas, pelo visto, tem...Se eu fosse você, ia lá agora e cumprimentava ele. Quero ver a cara com ele vai ficar. – A Betina era do tipo barraqueira mesmo e já queria ver o circo pegar fogo, mas eu preferia apagar a fogueira.

- Deixa ele com a familiazinha dele!

Fui para casa irada aquele dia. Como eu podia ser enganada? Ele não tinha o direito e nem eu tinha o direito de destruir uma família feliz. Eu podia ser responsável pelo futuro daquele garotinho. Se os seus pais se separassem por minha causa, ele poderia crescer revoltado! Peraí...eu não tinha que me sentir assim, afinal o cachorro da história era o Carlos e não eu! Resolvi que ia sumir da vida dele, mas ele não quis sumir da minha.

Andava me ligando, mas eu nunca atendia. Deixava recados na caixa postal, na secretária eletrônica, mandava emails ... mas eu me mantive firme e não quis saber dele. Insistente como sempre, um dia desses estava saindo da agência, quando vi que alguém me esperava do outro lado da rua – era o Carlos!

- Diana, o que houve? Por que você não me atende mais?

Como era cínico.

- Não quero atrapalhar sua vida.

- Como assim? O nosso lance está tão bacana, como você vai atrapalhar?

- Eu não quero ficar entre você e sua esposa.

Naquele momento, ele se calou e ficou me olhando com cara de espanto.

- Não precisa dizer nada não,Carlos. Eu vi a família feliz andando no shopping. Se você não é homem suficiente para me contar, eu sou mulher suficiente para sair da sua vida. Adeus.

Ele me pegou pelos braços e pediu para se explicar. Eu não deveria escutar nem uma vírgula dele, mas fui até o bar do outro lado da rua, aceitei uma cerveja e pus os meus ouvidos a escutarem suas desculpas. Ele disse que era casado há 9 anos, mas que nos últimos tempos o relacionamento não estava legal, ele não era mais feliz , até que eu apareci na vida dele. Ele disse que sabia que não era certo esconder de mim, mas que ia me contar logo mais. Perguntei porque ele não se separava então. Disse que o Lucas, o filho, tinha alguns probleminhas e ele não poderia deixar o filho na mão. Porém, prometeu que ia tomar uma solução rápida e me pediu para ser paciente e eu...

Fui paciente por mais cinco meses. Eu só podia ser uma idiota mesmo né? Eu que sempre abominei traições, agora era a responsável por uma delas. Estava sendo a outra da história. Suportei a ausência dele aos finais de semana, a presença dele na minha casa duas ou três vezes na semana, me submeti a ser discreta ... tudo acreditando na separação.

Separação esta que só rolou com a gente. Certo dia, ele apareceu lá em casa e eu estava toda produzida e minha casa também: jantazinho , velas na mesa, vinho, uma música no som, lingerie nova... e telefone tocando.

- Carlos? Oi, amor. Estou lhe esperando.

- É, eu sei...mas eu não vou poder ir.

- Como assim não vai poder ir? Eu fiz tudo que você mais gostava, até cozinhar eu cozinhei, abri o meu melhor vinho e você vai me deixar aqui plantada?

- Tente entender,florzinha. O Lucas não passou bem esta noite e eu e a Laura, minha esposa, resolvemos que a melhor solução é levá-lo para se tratar no Exterior. Parto amanhã para o Canadá.

- Como assim?! Você fala como se estivesse indo para o outro lado da esquina? E a separação?

- Desculpe, minha flor. Eu não queria te magoar.

Naquela noite, só mesmo minha amiga de guerra para me consolar. Passei a noite toda chorando no colo da Betina. Não sei se eu chorava mais de raiva dele ou de mim que, mais uma vez, achou que poderia viver um conto de fadas.

Nunca mais falei com o Carlos e nunca mais também quis ser a outra da história. Decidi que se eu não for a história, do outro lado eu também não quero ficar.

PAPO DE CALCINHA: Cara amiga, fala pra mim, você já foi a outra? Conte sua história para gente!

terça-feira, março 28, 2006

COISAS OBVIAS QUE TODA MULHER ACREDITA! VIVA LEI DE MURPHY!


Por Letícia Vidica

Existem coisas na vida que se tiverem de acontecer, acontecerão. Não importa a roupa, o cabelo, o tempo, o local e razão. Se você tiver de se ferrar, você vai se ferrar, amiga! São coisas inevitáveis. Simplesmente inevitáveis. Estas frases lhe soaram familiares?!
É óbvio que sim. Sabe por quê? Viva a lei de Murphy! A bendita lei que a gente odeia, mas é impossível negar a sua existência. Filosofando numa tarde chuvosa de outono, comendo pipoca e bebendo uma breja com minhas amigas do peito - Lili e Betina, chegamos à conclusão que as Leis de Murphy se encaixam perfeitamente no universo feminino.
Acho que a gente já estava meio bêbada, mas estabelecemos 5 leis de murphy que, volta e meia, acontecem na vida de toda mulher. A gente ficou feliz porque assim podemos alertar às nossas amigas calcinhas do perigo que correm e como evitar ser pega pela tal da lei.


LEI Nº 1 - ELE NÃO VAI LIGAR NO DIA SEGUINTE!
Amiga, essa lei nem deveria ser comentada, mas ainda existem amiguinhas que caem no golpe da ´ligação do dia seguinte´. Sem querer te desanimar, mas se ele disser que vai te ligar amanhã, desacredite! É mentira! É mais do que óbvio de que aquele cara maravilhoso que você conheceu na balada e se derreteu toda por ele e que pegou o seu telefone e anotou no celular dele para não esquecer, NÃO VAI TE LIGAR NO DIA SEGUINTE como prometeu. Não perca seu tempo ao lado do telefone, vá fazer umas compras, uma terapia, o que for preciso...mas não gaste a sua paciência. Se ele for bonzinho, dentro de uma semana ele te liga. Mas se for do tipo lobisomem, espere uns bons dois meses...


LEI Nº 2 - MENSTRUAÇÃO E PRAIA - A COMBINAÇÃO PERFEITA
Você está programando ir passar o final de semana naquela praia maravilhosa na companhia das amigas ou do gato? O sol está raiando? Você está louca pra pegar uma cor e cair n´água? Quando a empolgação é demais pode ter certeza que a menstruação também. Ficar menstruada nas vésperas daquele viagem é batata...salvem os incômodos OB´s!

LEI Nº 3 - LINGERIE ERRADA NA HORA CERTA
Todas as suas lingeries decentes estão para lavar. Então, você resolve pegar aquela calcinha furada e o sutiã da sua avó. Detalhe: você vai sair com um casinho seu, mas o negócio está tão frio que não vai passar do cinema. Erro seu, neste dia, o cara está em erupção...só que você está com a lingerie de bolinhas e furada...É certeza que isto já aconteceu com você ou vai acontecer um dia.

LEI Nº 4 - HOMEM BONITO, EDUCADO E SOLTEIRO? É GAY!
Sabe aquele cara bonito, musculoso, educado, que entende as mulheres, e o melhor, solteiríssimo que você paga um pau? Comece a desconfiar...há grandes chances dele gostar da mesma fruta que você. Sem preconceitos, mas eu babo na vaidade dos homossexuais...babo tanto que quase caio na rede deles, o detalhe é que eles não pescam peixes da minha espécie.

LEI Nº 5 – HOMENS NÃO SÃO DOTADOS DE SEXTO SENTIDO!
Ao contrário, do que – nós – mulheres, os homens não possuem sexto sentido, nem bola de cristal, muito menos ‘feeling’ algum, ou seja, eles NUNCA conseguem adivinhar o que estamos pensando ou o que queremos. Por isso, cara amiga, sem rodeios. Vá direto ao ponto: diga o que você quer na lata! Não jogue indiretas e muito menos espere que ele adivinhe que você colocou àquela roupa bonita e provocante para ele, ele vai sempre pensar que você quis se exibir para os outros (o cúmulo da burrice né?). Não espere que ele vai entender que você se você disse que achou lindas as rosas que sua amiga ganhou do namorado, é porque quer uma igual. Não espere que ele adivinhe os seus pensamentos e que você não tenha que ficar dizendo pra ele o que fazer e o que não fazer. Simplesmente, faça, diga, mande, redirecione...porque ainda não inventaram o homem com bola de cristal, infelizmente....


PAPO DE CALCINHA: Amiga, fala pra mim: que outras coisas óbvias acontecem com toda mulher, mas a gente insiste nelas? Quais são as suas leis de Murphy?

segunda-feira, março 27, 2006

COISAS OBVIAS QUE TODA MULHER ACREDITA! VIVA LEI DE MURPHY!

Existem coisas na vida que se tiverem de acontecer, acontecerão. Não importa a roupa, o cabelo, o tempo, o local e razão. Se você tiver de se ferrar, você vai se ferrar, amiga! São coisas inevitáveis. Simplesmente inevitáveis. Estas frases lhe soaram familiares?!
É óbvio que sim. Sabe por quê? Viva a lei de Murphy! A bendita lei que a gente odeia, mas é impossível negar a sua existência. Filosofando numa tarde chuvosa de outono, comendo pipoca e bebendo uma breja com minhas amigas do peito - Lili e Betina, chegamos à conclusão que as Leis de Murphy se encaixam perfeitamente no universo feminino.
Acho que a gente já estava meio bêbada, mas estabelecemos 5 leis de murphy que, volta e meia, acontecem na vida de toda mulher. A gente ficou feliz porque assim podemos alertar às nossas amigas calcinhas do perigo que correm e como evitar ser pega pela tal da lei.


LEI Nº 1 - ELE NÃO VAI LIGAR NO DIA SEGUINTE!

Amiga, essa lei nem deveria ser comentada, mas ainda existem amiguinhas que caem no golpe da ´ligação do dia seguinte´. Sem querer te desanimar, mas se ele disser que vai te ligar amanhã, desacredite! É mentira! É mais do que óbvio de que aquele cara maravilhoso que você conheceu na balada e se derreteu toda por ele e que pegou o seu telefone e anotou no celular dele para não esquecer, NÃO VAI TE LIGAR NO DIA SEGUINTE como prometeu. Não perca seu tempo ao lado do telefone, vá fazer umas compras, uma terapia, o que for preciso...mas não gaste a sua paciência. Se ele for bonzinho, dentro de uma semana ele te liga. Mas se for do tipo lobisomem, espere uns bons dois meses...

LEI Nº 2 - MENSTRUAÇÃO E PRAIA - A COMBINAÇÃO PERFEITA

Você está programando ir passar o final de semana naquela praia maravilhosa na companhia das amigas ou do gato? O sol está raiando? Você está louca pra pegar uma cor e cair n´água? Quando a empolgação é demais pode ter certeza que a menstruação também. Ficar menstruada nas vésperas daquele viagem é batata...salvem os incômodos OB´s!,

LEI Nº 3 - LINGERIE ERRADA NA HORA CERTA

Todas as suas lingeries decentes estão para lavar. Então, você resolve pegar aquela calcinha furada e o sutiã da sua avó. Detalhe: você vai sair com um casinho seu, mas o negócio está tão frio que não vai passar do cinema. Erro seu, neste dia, o cara está em erupção...só que você está com a lingerie de bolinhas e furada...É certeza que isto já aconteceu com você ou vai acontecer um dia.

LEI Nº 4 - HOMEM BONITO, EDUCADO E SOLTEIRO? É GAY!

Sabe aquele cara bonito, musculoso, educado, que entende as mulheres, e o melhor, solteiríssimo que você paga um pau? Comece a desconfiar...há grandes chances dele gostar da mesma fruta que você. Sem preconceitos, mas eu babo na vaidade dos homossexuais...babo tanto que quase caio na rede deles, o detalhe é que eles não pescam peixes da minha espécie.

LEI Nº 5 – HOMENS NÃO SÃO DOTADOS DE SEXTO SENTIDO!

Ao contrário, do que – nós – mulheres, os homens não possuem sexto sentido, nem bola de cristal, muito menos ‘feeling’ algum, ou seja, eles NUNCA conseguem adivinhar o que estamos pensando ou o que queremos. Por isso, cara amiga, sem rodeios. Vá direto ao ponto: diga o que você quer na lata! Não jogue indiretas e muito menos espere que ele adivinhe que você colocou àquela roupa bonita e provocante para ele, ele vai sempre pensar que você quis se exibir para os outros (o cúmulo da burrice né?). Não espere que ele vai entender que você se você disse que achou lindas as rosas que sua amiga ganhou do namorado, é porque quer uma igual. Não espere que ele adivinhe os seus pensamentos e que você não tenha que ficar dizendo pra ele o que fazer e o que não fazer. Simplesmente, faça, diga, mande, redirecione...porque ainda não inventaram o homem com bola de cristal, infelizmente....

PAPO DE CALCINHA: Amiga, fala pra mim: que outras coisas óbvias acontecem com toda mulher, mas a gente insiste nelas? Quais são as suas leis de Murphy?

domingo, março 19, 2006

A DELÍCIA DE SER MULHER

por Letícia Vidica

Tem dias que eu acordo com um desejo incontrolável de ser homem por um dia. Em especial, naqueles dias em que eu estou irritada, de saco cheio do mundo, tendo que fazer média com chefe, saindo de um relacionamento turbulento, com uma cólica danada e a mesntruação de brinde no final do dia.

Esta aí um dos principais motivos que quero ser homem. Eu nunca mais menstruaria. Não precisaria me preocupar com mudanças de humor, cólicas, sangue, absorventes...estragar a minha praia ou o meu encontro. Eu nunca teria ouvido aquele sermão da minha mãe, quando virei mocinha (que termo mais delicado para dizer que você vai sangrar uma vez por mês a vida inteira, pode engravidar e vai ter que segurar a bucha!!!).

Eu simplesmente teria me preocupado em jogar bola, empinar pipa, me sujar de lama, pegar algumas gatinhas, ser feliz e nem me preocupar em amadurecer, aliás, acho que os homens nunca se preocupam com isto.
Porém, simplesmente, Deus quis que eu fosse mulher. Que enfrentasse todas as dores, os foras, os preconceitos, os ‘nãos’... porquê será? Ser mulher não é fácil, eu nem devia estar confessando isto pois agora os homens devem estar se achando,mas completo: ser mulher não é fácil, mas não é tarefa pra qualquer um não! Duvido que um homem agüentaria 24 horas na pele de uma mulher, troco agora, topas?

Ser a amiga, filha, mãe, empregada, sedutora, amante, namorada, esposa, empresária, profissional, conselheira, faxineira, babá...dentre outras funções, todas ao mesmo tempo, não é fácil. Enquanto isto,o homem apenas se contenta em ser homem, que papel mais sem graça! (rs)

Pensando bem, não sei se eu gostaria de ser homem por um dia. Acho que estou feliz com a minha condição e vou aceitá-la pro resto da vida. Somos seres tão delicados, compreensíveis e sem mistério. O problema é que os homens não se entendem e ainda querrem nos entender?! Vai ser difícil mesmo!

Eu nessa minha vida de mulher solteira e decidida, estou muito feliz na minha condição. Além do mais, sou um ser que independe do sexo oposto, ao contrário do sexo oposto né? Que depende da gente! Cá entre nós...

Bom, mulher, eu apenas queria dizer que não se sinta só nem depressiva. Ser mulher é muito bom. Mesmo nos momentos de tristeza, se olhe no espelho e se sinta como mulher!
Tenho certeza de que tudo vai mudar...

PAPO DE CALCINHA: Fala aí, amiga, quais as vantagens de ser mulher? Se você pudesse ser homem por um dia o que faria?

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

MULHERES SOLTEIRAS NÃO SÃO DE MARTE!


POR LETÍCIA VIDICA

"- E aí, cadê o namorado?
- Eu não tenho namorado.
- Não?! Como não? Uma moça tão bonita..."


Nem vou terminar este diálogo porque simplesmente esta é o tipo de conversa que eu odeio! Particularmente, detesto. Odeio a conversa e mais ainda a resposta que tenho que dar. Qual o problema de NÃO ter namorado?
Ás vezes, me sinto como se fosse de outro planeta. Marte, talvez! Porque eu acho que só as mulheres de Marte não tem namorado e têm o livre arbítrio de estarem solteiras por vontade própria. (confesso, que não é sempre por vontade própria...rs)


Bem, amiga, acontece o seguinte. Eu não aguento mais ouvir esta pergunta MALDITA - ´Cadê o seu namorado?´, ´O namorado não veio?´, ´Como vai o namoro?´ e outros blablablá que envolvem este ser que NÃO faz parte da minha vida.

***

Me revoltei! O início de minha revolta foi em mais desses almoços de família na casa da minha avó. Família reunida, criançada correndo, tias fofocando, homens gordos sentados na sala assistindo ao jogo do Timão, minhas primas com seus namorados, noivos, maridos, filhos, conversando sobre a última viagem de férias, a lua de mel, as travessuras das crianças e eu, ali, perdida no meio de tudo.

Como sempre fui considerada a ovelha negra da família - publicitária, viajada, 25 anos e solteira (que absurdo!) - as pessoas nem ligavam muito para o que eu sentia.

Porém, logo após o almoço, quando a mulherada se reúne na cozinha para fofocar, a tia Dora resolveu dar a largada para investigar a minha vida:

- Suzete, você não acha que tá na hora da Nana arrumar um namorado?
- Eu acho...não vejo a hora de ter netinhos. - suspirava minha mãe.
- Ah, eu acho que a Nana tem namorado e não quer falar pra gente
- Quando vai trazer o bonitão pra conhecer a família?
blablablá...


Foram uns 15 minutos de filosofias sobre o meu possível namorado e a causa de eu estar solteira. Aguentei firme durante todo este tempo sem dizer nada, mas certa hora me enchi.

- Por que vocês não vão cuidar da vida de você,hein? Se eu estou solteira, o problema é meu. Qual o problema de não ter um namorado? É alguma doença contagiosa que eu não sabia? Toda vez é a mesma coisa...cadê namorado, namorado...quero mais é que os homens se explodam..estou bem sozinha e assim vou continuar...!!!
Acho que exagerei um pouco porque, depois desta explosão, ninguém falou mais nada. O silêncio prevaleceu. Eu não tinha mais clima para comer o pudim, peguei minhas coisas, inventei uma ligação de última hora e fui embora.


Eu amo minha família, mas eu não aguento mais as cobranças da minha tia, vó, prima, vizinha, periquito, papagaio, cachorro!!!

***
Graças a Deus, eu tenho amigas e, o melhor, todas SOLTEIRAS!!! Descobri que elas também são de Marte e marcianos com marcianos se entendem melhor. Por isso, resolvemos nos encontrar no boteco da esquina e choramingando as nossas pitangas marcianas.


- Putz, outro dia, fui comprar uma blusa para o meu irmão e sabe qual a primeira coisa que o vendedor me perguntou? - disse a Lili, uma das minhas marcianas do coração - Que tamanho seu namorado usa?! Brochei geral...namorado!! Será que eu não tenho direito a ir num shopping entrar numa loja masculina e comprar uma blusa para o meu irmão!!!

- Eu te entendo, amiga...Semana passada, eu fui no casamento da minha prima e eu não fui chamada para ser madrinha porque não tinha namorado. Fiquei possessa! Eu e a July crescemos juntas e só porque sou solteira não posso subir no altar? E o pior...fizeram uma tramóia para o buquê cair na minha mão, além de minha mãe colocar o meu nome debaixo do véu da noiva!!! - desabafou a Paty, outra amiguinha marciana.

- É difícil mesmo! Outro dia um pivete do meu prédio virou para mim no elevador e pergunto ´tia, que horas são?´. Tia?! Será que meus cremes não estão escondento minhas rugas? - chorou Betina.

Ficamos a tarde toda, choramingando sobre as pressões feitas pelos terráqueos em cima das pobres marcianas desprovidas de namorado!!! Foi muito boa a nossa conversa porque chegamos na conclusão de que homem faz falta sim! Mas a gente também não morre sem eles e enquanto a gente conseguir respirar sem eles, não nos mudamos de Marte.

PAPO DE CALCINHA: AMIGAS DE MARTE, JÁ SOFREU ALGUMA PRESSÃO POR NÃO TER NAMORADO? JÁ PASSOU POR ALGUMA SITUAÇÃO CONSTRANGEDORA OU ENGRAÇADA SÓ PORQUE NÃO TINHA NAMORADO? CONTE O QUE QUISER PARA GENTE!

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM


Por Letícia Vidica

Quem, quando era pré-adolescente já não brincou de inventar nomes impossíveis para filmes? Do tipo, ‘Os cantos da sala redonda’, ‘Fogo em Alto Mar’, ‘As visões de um cego’, ‘O discurso de um mudo’, dentre outros que eu tenho certeza que você acabou de lembrar. Mas pára de pensar um pouquinho e presta atenção no que eu vou dizer.

Quando virei uma mocinha, tive a certeza de que estes filmes jamais poderiam ser feitos, mas bem que seriam engraçados não é? Errado! Isto porque, existe um deles que pode ser filmado, tem protagonista, diretor, contra regra e está ou esteve presente na vida de toda mulher, pelo menos uma vez.

‘A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM’. Este é aquele tipo de filme que você assiste uma vez e já basta, mas a Sessão da Tarde insiste em reprisar e você como não tinha nada para fazer naquela tarde, resolveu assistir.

Este filme do qual quero e preciso falar com você, cara amiga, tem como personagem principal aquele ou aqueles milhares de caras que fizeram parte da sua vida um dia e que não precisavam voltar, mas voltam. Num encontro casual, numa trombada na rua, numa ligação inesperada, num encontro tão sonhado...não importa! Ele volta!

Eu já assisti este filme algumas vezes em minha vida e seria uma falta de respeito senão dividisse com você! Ou achou que eu ia ser a única a assistir tudo isto de novo?

*****************************
NO SHOPPING...

Era véspera de Natal, 24 de dezembro, seis da tarde. Já imaginou o caos em que a cidade se transforma nestas datas comerciais comemorativas, né? Eu, como boa tia que sou e organizada acima de tudo, deixei para comprar os presentes para os meus cinco lindos sobrinhos, no dia 24. Sabe como é: falta de dinheiro, de tempo, shopping lotado, horas extras no trabalho, somado com mais um trilhão de preguiça, eu resolvi comprar tudo último dia.

O meu adorável chefe me fez entregar um projeto na véspera do Natal e eu só consegui ser liberada, depois de muita discussão, pra variar, às 17 horas da tarde. Saí como uma louca até o Shopping. Naquela altura do campeonato, ia comprar o que eu visse primeiro. Meus sobrinhos tinham que entender. A minha maratona começou na Avenida Paulista - demorei 30 minutos para andar 5 km!

O estacionamento do shopping estava lotado. Mais de 20 minutos para conseguir uma vaga. Entrei no shopping desesperada e buscando fôlego, entre as pessoas, que se espremiam nos corredores do shopping. Descobri então que existem outros mil como eu.

Até que avistei uma loja de brinquedos e entrei. Parecia que haviam aberto a porta do inferno. Pais, tios, avós, madrinhas e padrinhos atrasados disputavam a última Barbie, a última bola, o último jogo da moda, o último tudo porque não havia mais nada na loja.

Depois de muito sufoco, recolhi meus presentes e fui para a quilométrica fila do caixa. Já eram quase nove horas e eu ainda estava no shopping, comecei a ficar irada. De repente, o homem que estava na minha frente virou-se e perguntou que horas eram. Eu respondi, mas ele permaneceu olhando fixamente nos meus olhos. Eu já ia dar uma resposta bem educada, quando ele disse...

'Diana? É você?'
'Sim, sou eu...você me conhece?'
'Como eu ia esquecer de uma pessoa tão bacana...sou o Arnaldo, não lembra?'

Arnaldo? Nossa, como tinha mudado. Estava barbudo, careca, irreconhecível, barrigudo e cheio de brinquedos nas mãos. O Arnaldo foi uma das minhas paixões antigas. Foi um dos meus primeiros namoradinhos. Eu tinha uns 16 anos na época e ele 20. Namoramos quase 2 anos até que ele se mudou para Sorocaba e nunca mais nos falamos. E agora o destino nos cruzava naquele shopping lotado, naquela loja lotada e naquela fila lotada. Sorri então.

'Nossa, Arnaldo ...você está tão diferente que eu quase não o reconheci!'
'Mas você continua a mesma, sincera como sempre! Eu realmente mudei, engordei um pouquinho, caiu uns cabelinhos, mas ainda sou o Arnaldo.'
'E então o que faz por aqui?'

Nem preciso dizer que ele desatou a falar sobre a vida dele, como se fôssemos amigos de longa data que se vêem todos os dias. Foi até bom porque assim a fila andou mais rápido. Ele me contou que se formou em Contabilidade e que estava casado há 5 anos. Casado? Até o Arnaldo casou! Também disse que aqueles brinquedos eram para os seus filhos. Dois. Talita e Felipe. Fez questão (lógico!) de me mostrar a foto deles. Ele falou tanto que eu, graças a Deus, não falei nada sobre a minha vida emocionante na caça de um marido. Ele pagou e eu também.

Adorei reencontrá-la. Pega meu telefone, aparece lá em casa para conhecer os meus filhos.
Lógico, eu ia aparecer sim! O Arnaldo estava tão diferente que nem parecia que a gente já tinha namorado um dia. Gostei de revê-lo. Ou melhor, acho que não gostei não. A sensação de ver que as longas madeixas louras viraram reles fios de cabelo sob sua careca brilhante, que sua barriga de tanquinho havia dado lugar há um reservatório de feijoada, Brahma e docinhos da esposa e que seu papo sobre curtir a vida adoidado havia se transformado em contos de fada que ele agora contava para os seus filhos antes de dormir; só me fez lembrar que o tempo havia passado e RÁPIDO e que eu estava ficando velha, não só velha...como pra titia, literalmente, cheia de pacotes saindo de uma loja de brinquedos infantis. Como o destino é cruel, algumas vezes...

*********************
NA BALADA...

Sábado à noite sempre foi sagrado para mim e para as minhas amigas. É na noite que a gente afoga as nossas mágoas e elaboramos teses e mais teses sobre como os homens não prestam.

Num desses sábados, a gente estava louca pra estravasar. Sair por aí, parar numa danceteria e dançar a noite toda sem parar. Foi o que fizemos. Nos vestimos para matar e fomos rumo à festa.
Enfrentamos um pouco de fila para entrar. A balada era nova e super recomendada por milhares de amigos. A gente tinha que conhecer né? Assim que entramos a Juju já foi logo puxada por um negão lindo e se perdeu a noite inteira com ele. Se perdeu tanto que só deu sinal de vida no domingo às 14 horas da tarde.

Eu, a Paty e a Betina caímos na pista. Dançamos tudo, era só o DJ colocar.
Certa hora, suada e com sede resolvi buscar uma bebida no bar. Assim que cheguei no balcão, escutei alguém chamar por mim.

'Diana, minha princesa...eu sabia que o destino ia nos unir novamente!'

Olhei para o lado e constatei que era o chato do Júlio. Um cara, amigo da Betina. A gente havia ficado numa dessas noites que eu estava de porre e ele tinha grudado na minha. Ligava todo dia, queria me ver todo dia, era um chato de galochas. Adorava usar frases feitas, cantadas velhas e se achava a última Coca-Cola do deserto. Porém, era um dos melhores amigos da Betina. Achei que tinha me livrado dele, quando ela disse que tinha ido morar na Flórida, mas...

'Júlio! Você não estava na Flórida?'
'E você acha que eu agüentei de saudades suas?'
'Não exagera tá?'
'Vai beber o quê? Pode pedir que eu pago o que você quiser.'

Estava pronta para dar um tapa na cara dele, quando a Betina já bem louca de tequila chegou gritando. Tudo o que eu menos queria aconteceu. Os dois amigos se encontraram. Preciso dizer que o chato do Júlio ficou a noite toda com a gente e, além do mais, estrategicamente do meu lado? Cheio de graças, me abraçando, querendo me beijar, mas eu sempre arrumava um jeito de desviar minha boca. A Betina pra ajudar ficava botando pilha. Eu bem que tentei fugir dele, mas ele me monitorava.

Ele ficou com a gente a balada toda. Saiu com a gente. O pior de tudo ainda estava por vir. Eu estava dirigindo e tinha que levar a bêbada da Betina pra casa e o chato do Júlio havia se perdido dos amigos e estava sem carona. Resultado: foi todo mundo embora juntos pra minha casa. O Júlio ainda inventou de passar na padaria e comprar uns pães e tomar o café da manhã com a gente. Não vou mais enrolar, ele ficou o dia todo na minha casa e só foi embora de noite e, depois de pegar todos os meus telefones.

Ele me ligou umas trocentas vezes, mas eu inventei umas trocentas desculpas. Até que eu acho que ele percebeu que eu não estava afim e que ele era um daqueles que podia Ter ido e não voltado mais. Que ele não me ouça,ops, não me leia!

*****************
NO TELEFONEMA (IN)ESPERADO....

Sabe aquelas épocas em que você acha que ninguém te quer e ninguém te ama? Era uma daquelas que eu estava passando. Fazia quinze dias que eu não saía de casa. Era só casa- trabalho-trabalho-casa. Não tinha vontade de fazer nada. Minhas amigas bem que tentaram, mas depois de tantas negativas, elas desistiram e entenderam minha depressão emocional.

Numa Sexta-feira chuvosa, eu havia acabado de chegar do trabalho. Tomei um banho, coloquei meu pijama de bolinha, minha pantufa, fiz um miojo, deitei no sofá e comecei a assistir o ‘Titanic’ pela milésima vez. Por volta de meia-noite, meu telefone tocou. Não ia atender, pois só podia ser uma das minhas queridas amigas.

'Quem é?'
'Pelo visto, atrapalhei seu sonho, né, princesa?'
'Quem está falando?'
'Não reconhece mais a minha voz? Vou dar só uma dica...lembra daquele dia naquele restaurante japonês que eu sei que você adora?'

Não, não podia ser. O Dú? O fofo do Dú? Não, não era. Eu esperei horas, dias, meses pela ligação deste canalha e não podia ser ele agora. Mas era.

'É, o Dú.'
'Oi, Eduardo! – tive que esconder a empolgação – como vai?'
'Estou ótimo e você minha gata?'

Adorava quando ele me chamava assim.

'Também estou ótima.' – confesso que a minha vontade era xingá-lo e ir perguntando porque ele demorou tanto pra ligar, mas eu sabia que ele ia dar mil e uma desculpas. Resolvi não perder o meu tempo.

O Dú foi um daqueles canalhas que a gente sabe que não presta mais gosta. Eu conheci ele, quando fui fazer um curso de especialização. A gente ficou junto por uns 3 meses. Ele era (é) galinha, cantava qualquer rabo de saia, mas tinha a pegada entende? Depois que acabou o curso, a gente se viu mais umas 5 vezes e ele desapareceu do nada. Mas eu sempre esperei uma ligação.

Naquela noite, ficamos conversando por umas 2 horas no telefone. Ele disse que estava solteiro, que tinha pensado muito em mim naquele dia e que resolveu saber se eu ainda gostava de comida japonesa. Preciso dizer que eu me arrumei em 20 minutos, que ele passou no meu prédio, me pegou e a gente foi comer sushi às três horas da manhã?

Ficamos falando da nossa vida. Ele estava trabalhando numa agência super bacana e não se preocupou, em nenhum momento, em me dar satisfações. Mas eu nem liguei,seus olhos azuis me hipnotizavam.

No fim das contas, fui parar no apê dele e só saí de lá depois do café da manhã. Foi uma noite maravilhosa. Ele prometeu me ligar, mas desta vez fingi acreditar porque eu sabia que ele não ia ligar e não ligou. Porém, pra mim, já valeu a pena aquele telefonema. Confesso que, até hoje, quando chove nas noites de Sexta-feira faço um plantãozinho básico ao lado do telefone...mas ele ainda não tocou.

PAPO DE CALCINHA: Confessa, amiga! Já assistiu ao filme ‘A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM’? Já?! Então conta pra mim todo o script do seu filme ou me diz se tem alguém que foi e que você bem queria que não fosse? Ou queria que não voltasse mais?

sexta-feira, janeiro 20, 2006


AS VANTAGENS DE SER SOLTEIRA
Por Letícia Vidica

Ser uma pessoa solteira não é de todo mal, tem lá suas vantagens – e não são poucas. Ao invés de ficar chorando por aí, rezando todo dia para Santo Antônio, agüentando piadinhas daquela tia gorda que te cobra casamento toda vez que te vê. Ao invés de ficar depressiva toda vez que encontra um casal apaixonado, andando pela rua; de comer 10 caixas de bombons e de BIS no dia dos namorados, de se revoltar com todos os homens da face da terra ou de se sentir um ser desprezível, por que você não tenta pensar pelo lado positivo? Isso! Ser solteira pode ser algo positivo, acredite!

Não está acreditando?! Vou provar pra você, cara amiga, que consegue sobreviver sem um homem ao seu lado e, aposto que se gostar das vantagens, talvez não queira um primata masculino jamais ao seu lado (exagerei?!)
Ser solteira é bom porque...


Você não vai mais precisar depilar as pernas no inverno. Que maravilha! Você pode virar um gorila se quiser e não vai mais Ter que sair correndo a uma farmácia, quinze minutos antes dele chegar, só para comprar uma gilete às pressas porque esqueceu de raspar os pêlos da perna, virilha, sovaco, buço e onde mais essas pestes quiserem nascer. Nem vai mais Ter que se depilar com uma coisa gosmenta – fria ou quente – que você tem que fingir que não dói e nem acreditar que não se trata de uma terapia de tortura chinesa.

Futebol ? O que é isso? SporTV ? Eu pago por esse canal ? Ah, o canal dos rapazes de short e perna gostosa. Sei sim... Que coisa boa, poder sentar frente a sua TV e assistir a um filme, uma novela das oito, a um programa de culinária, simplesmente ao que VOCÊ quiser, sem Ter que conviver 24 horas por dia e 7 dias na semana com o Galvão Bueno, o Robinho e o Parreira dentro da sua casa. E, o melhor de tudo, o controle remoto será SEU e você poderá finalmente ver o começo, meio e fim daquele filme que sempre começava na hora do jogo do Corinthians.

Amigas! Você vai poder voltar a conhecer o significado da palavra amiga e voltar a desfrutar da oportunidade de jantar, ir ao shopping, a um cinema, a uma balada, fazer tudo e fazer nada com as amigas. Nada melhor do que poder sumir, por uma tarde inteira, só para ficar fofocando na casa da sua melhor amiga e ninguém ficar te ligando de 5 em 5 minutos para saber onde você está e ficar deixando mensagens ‘carinhosas’ na sua caixa postal. Ah, e se o telefone tocar, você pode levar um papo legal de 1 hora e 47 minutos com sua melhor amiga, sem ninguém ficar fazendo cara feia ao seu lado, olhando o relógio de segundo ou segundo ou tendo uma crise de tosse aguda. Além do mais, vocês poderão beber Coca-cola e ninguém, absolutamente ninguém, vai arrotar e nenhuma delas irá palitar os dentes (que coisinha mais nojenta!)

Você não tem sogra (Salve-se as boas sogras!) Que bom será não Ter mais que disputar com a mãe do seu namorado (que é um amor). Nenhuma crise existencial, gripe ou depressão vai atrapalhar a viagem de vocês. Você não terá mais que ficar fingindo que curte ficar ouvindo as lamentações da mãe do seu namorado nem Ter que engolir a seco todas as provocações. Você vai ao cinema ver filmes com o Brad Pitt, Tom Cruise, Will Smith ou George Cloney e poderá babar à vontade por eles e rever o filme quantas vezes achar necessário para relembrar aquele detalhe que passou batido. Nada de Rambo ou A Rocha. Filmes de luta, terror,policiais ou fúteis com mulheres gostosas nunca mais entrarão no seu DVD e ocuparão o seu tempo.

Que bênção não precisar mais ver a bunda cheia de celulite da Carla Perez na TV ou encontrar uma playboy ‘escondida’ em cima do vaso do banheiro do quarto dele (que ele jura que é do irmãozinho mais novo de 7 anos!). Além de não Ter mais de agüentar piadinhas bestas sobre mulheres que devem pilotar fogão, sobre como não vivemos sem eles e nem ficar achando graça, enquanto ele cisma em te tirar na frente dos amigos dele, só para provar...provar o quê,palhaço?

Casa limpa e organizada pode ser realidade! Seu banheiro permanecerá limpo, com a tábua do vaso no lugar e sem respingos de urina por toda a bacia ou chão do banheiro (ainda monto uma tese de mestrado sobre isso). Suas toalhas de banho permanecerão no lugar e secas. Nada de toalhas pretas, molhadas, amassadas e jogadas no chão. Você não vai Ter que brincar de João e Maria, catando as migalhas de roupas que ele foi deixando jogada, desde que entrou em casa. O seu sofá branco não será mais tatuado pelos pés pretos dele, depois de uma partida de futebol no campinho barrento da rua de trás.

Você pode engordar comendo chocolate e ninguém vai ficar te enchendo o saco ou jogando indiretas do quanto está fora de forma. E, se você não entrar naquela calça jeans que ele adora, você não ficará depressiva e mal humorada porque não haverá mais calça jeans que ele gosta.

O seu gosto vai prevalecer! Vai pintar a unha de verde, marrom e azul sem ninguém dizer que é esquisito, vai cortar o cabelo igual ao daquela menina da revista e ninguém vai reclamar ou fingir que nem notou, vai se vestir conforme o seu estado de espírito sem ter que ficar bem naquele vestido preto só para agradá-lo. Vai passar o dia todo no salão de beleza sem Ter pressa nem se sentir culpada por atrasar o jantar de vocês...

Tem coisa melhor do que não precisar mais dar satisfação a ninguém? Ligar para dizer que vai à padaria? Jamais! Ficar respondendo onde está, com quem foi, com que roupa, quem estava lá,o que bebeu, o que comeu,o que falou?!Jamais! Saber que vai arrumar uma tremenda briga só porque chegou em casa às 20h21min, ao invés das 20h20 como prometeu?Jamais! Ter que explicar toda vez para ele que o seu celular também fica fora de área, acaba bateria, tem caixa postal, é digno de esquecimento em cima da cama, que São Paulo tem trânsito e que as pessoas tem o direito de se atrasar? Jamais!Você pode conhecer muita gente – loiros, morenos, ruivos, carecas, cabeludos, gordos, magros, legais, chatos, bonitos, feios, agradáveis, chatos...- será um menu variado e você não precisa Ter pressa de escolher, aliás, tempo é o que você mais terá!

Não mais vai precisar chegar a um lugar e Ter medo de olhar pro lado ou de encarar o garçom e ele achar que você está dando mole pro coitado! Seu melhor amigo pode te ligar e ninguém vai ficar perguntado quem é ou tratando mal. A agenda do seu celular não mais será bisbilhotada e você não vai Ter que se sentir como num interrogatório da época da ditadura, respondendo e dando a ficha criminal de cada nome que consta na agenda do seu Motorola.

Bem, amiga! Ainda vai ficar chorando porque está solteira? Que isso! Ser solteira é bom demais quando se quer sentir solteira. Não adianta estar solteira e se sentir uma casada de 30 anos. As pessoas agem conforme você reflete para elas. Se você estiver bem e feliz consigo mesma, todos vão ser irradiados por esta luz e vão se aproximar. Por isso, pare de lamentar o que passou, termine de ler este texto agora, desconecte, tome um bom banho, se arrume, coloque sua melhor roupa – não importa se vai sair – olhe no espelho e diga ‘Como eu sou bonita e como é bom ser solteira!’.

Papo de calcinha: Quais são as vantagens de ser solteira? Diz pra mim: lericiav@ig.com.br

sexta-feira, janeiro 13, 2006

TER OU NÃO TER? DEPENDE DO BUNDÃO!


por Letícia Vidica
Outro dia, andando pela avenida Paulista, me deparei com mais um desses anúncios da revista Playboy. Não era um anúncio qualquer. Era a Juliana Paes...de papelão, mas que qualquer distraído seria capaz de pedir-lhe um autógrafo. Imediatamente parei e fiquei a olhar e filosofar sobre aquele mulher de papelão. (Não sou lésbica nem tão pouco doida, hein? Ah, nada contra as lésbicas, pelo amor de Deus!)

Que beleza invejável! Por um minuto, tive vontade de rasgar aquela Juliana de tanta raiva: nenhuma celulite, sorriso colgate, cabelos que parecem não desarrumar nunca, uma cintura de pilão, milhares de homens aos seus pés, rica e famosa. Que mais essa mulher pode querer da vida?!

Juliana Paes de papelão me fez lembrar que ser mulher nos dias de hoje, não é fácil, ainda mais quando se tem que concorrer com a beleza da Vera Fischer, a elegância da Adriane Galisteu, a sensualidade da Scheila Carvalho, as pernas da Feiticeira, o silicone da Danielle Winits. Que mundo cruel para uma simples mortal como eu, com 5 quilos acima do peso, celulites, estrias e tarada por chocolates.

"Precisa começar a malhar hein, mocinha! Urgente!", disse Juliana Paes de papelão, olhando para mim com aquele sorriso de quem diz ‘Viu como sou gostosa? Pode babar à vontade!". Que invejosa...invejosa eu, né? Nós mulheres, ao contrário dos homens, sabemos reconhecer a beleza do mesmo sexo, mas quando esta beleza é ofuscante demais, a gente logo arruma um defeitinho aqui outro lá. Porém, nos quinze minutos que fiquei parada frente a Juliana, eu não achei nenhum. Fui pra casa arrasada e filosófica. "Eu tenho que achar um defeito. Photoshop talvez?".

Travar uma guerra contra todas as gostosas de plantão será minha meta, a partir de agora. Os homens já estão em extinção e com a concorrência forte, se eu não me cuidar, vou Ter que mudar de planeta para achar o pai dos meus filhos.

Se eu começar a malhar hoje, a trocar o chocolate pelo alface, a sonequinha depois do almoço pela esteira, o trabalho pela vida de celebridade, meus cachos por uma escova progressiva, meus míseros seios por fartos silicones, minha forma de mulher por uns músculos aqui e outros acolá, minhas teses por sorrisos globais e frases feitas e os meus homens normais por deuses de ébano...eu consiga entrar no páreo e disputar com a Juliana Paes.

Dessa forma, nunca mais, nenhum engraçadinho vai dizer "Tá gordinha, hein?". Não há coisa pior do que dizer a uma mulher que ela está gorda. Ou então, você não vai mais Ter que assistir a Scheila Mello, rebolando na TV no Domingo Legal, enquanto o seu namorado baba pela busanfa dela e sonha com coisas que nem quero pensar e, ao final da coreografia, diz "Ai, se eu pudesse..." Que bom seria, hein amiga?

Será que seria bom mesmo? E a minha liberdade de andar na rua como uma mera desconhecida? Não poderia mais ir à padaria de moletom, meias e chinelos! Minhas barras de chocolates? Meu chopinho na Sexta-feira? Minhas amigas? Alface de Segunda à Sexta?

Pensando bem, não quero mais disputar com a Juliana Paes. Eu me rendo Juliana! O páreo é todo seu. Acho melhor me conformar com as gordurinhas a mais e esperar que um reles mortal me enxergue e possamos Ter um relacionamento normal, falar de coisas normais e Ter uma vida normal. Acho que ser gostosa custa caro demais e o meu salário não tá lá essas coisas! Desculpe, Seu Barbosa, mas bem que eu merecia um aumento,não?

Papo de calcinha: Mulheres de plantão, confessem! Qual gostosa de plantão já te fez urrar de inveja? Se você pudesse ser celebridade por um dia, quem seria? Conta pra gente, vai? lericiav@ig.com.br

segunda-feira, janeiro 02, 2006

ANO NOVO,TUDO DE NOVO (MAIS VIVA 2006!)


É, galera...o ano novo chegou! As pessoas se animam, bebem todas, encontram a familia, perdoam os erros, esquecem da vida...afinal é ano novo e tudo que aconteceu ontem jáé é ano passado! Mas depois da bebedeira e da comilança exagerada, bate a ressaca, a dor de cabeça, sobe o ponteiro da balança sem parar, o stress, o trãnsito, a chuva, o IPVA...tudo volta, tudo de novo! Porém, ainda é Janeiro e este ano vai ser diferente...não é? Por isso, FELIZ 2006 à vocês.

Pra começar o ano com chave de ouro, aí vai mais umas das minhas gistórias malucas, com a minha personagem companheira imaginável e amiga Diana - ANO NOVO, TUDO DE NOVO...tenho certeza que você vai se identificar e gostar...modesta eu não?

ANO NOVO, TUDO DE NOVO!
Por Letícia Vidica


Ano Novo, sinceramente, me assusta! São doze meses, 365 dias, milhões de horas, minutos e segundos pela frente os quais você não faz a mínima idéia do que pode acontecer. Um ano é muita coisa. Um ano pode mudar a vida de uma pessoa. E é nisso que eu acredito (TODO ANO!) – que a minha vida vai mudar. Pelo menos, é o que dizem os pais de santo, espíritas, padres, aquela apresentadora de programa de culinária (que eu não assisto, apenas estava zapeando de canal), aquele tarólogo, aquela cigana, minha vizinha, minha mãe, meu signo e qualquer ser vivo que eu trombe antes da virada do ano.

Sei que não passa de uma grande bobagem, mas prefiro não duvidar. Todo ano é a mesma coisa e neste não foi diferente. Confesso que comprei, de última hora, uma calcinha vermelha (dizem que traz amor não é?), mas eu to precisando de tanto amor que acabei deixando a paz de lado e comprei logo um sutiã e um vestido vermelho, mas vermelho mesmo! Pulei sete ondinhas, sete não! Vinte e uma – sete pro amor, sete pro dinheiro e mais sete pro amor, só pra confirmar. Fiz um barquinho pra Iemanjá, comi lentilha, não comi galinha – minha vida já ciscou pra trás demais. Abracei o primeiro, segundo, terceiro e todos os homens que vi pela frente...de mulher já basta eu! E fiz promessas, milhares de promessas.

Prometi que, neste novo ano, vou ser boazinha com os homens. Não vou maltratá-los, vou tratá-los com carinho e se o Rubens não me ligar pra me desejar Feliz Ano Novo, tudo bem, eu vou entender! Prometi começar um regime, definitivamente, estou gorda demais. Logo na primeira semana de janeiro, vou me matricular naquela academia na esquina da minha casa (que tem um professor gatíssimo) e vou começar a malhar pro Carnaval e pra garantir os quilos a mais que vou ganhar na Páscoa também. Ah, vou procurar um novo emprego! Preciso me reciclar, fazer novos cursos, línguas, investir em mim! Chega de criar teia naquele escritório! Nas próximas férias, vou viajar! Porto Seguro, Salvador, Recife., Nova York ou Paris...qual será o meu destino? Pra isso, preciso economizar e economizar vai a ser a minha meta...chega de gastar dinheiro com coisas supérfluas – nada de sapatos , bolsas, roupas ou perfumes novos! O negócio é reciclar! Prometi e vou comprir, será?

Pelo menos, aquela cigana que eu, confesso, que fui junto com a Juju na última semana do ano disse que eu ia ser mais responsável este ano. Ela também disse que eu vou encontrar um novo amor, vou desatar um embaraço do passado (espero que ela não esteja falando do Paulinho, aquele cachorro!). Disse também que muitas propostas vão surgir neste ano...coisas novas estão pela frente. Confesso que sai de lá animada ou desanimada porque não foi nada legal deixar cinqüenta pilas em previsões que eu nem sei se vão acontecer, mas é melhor não duvidar!

***
Pelo menos, neste fim de ano, comecei fazendo algo diferente: fui passar o Reveillon na praia com as minhas amigas. Não em Copacabana, como eu queria. O nosso dinheiro só deu pra alugar um quitão na Cidade Ocian, na Praia Grande. Mas já é um bom começo para quem tinha que passar todo fim de ano na casa da vovó, agüentando o choro dos meus sobrinhos, as reclamações da tia Nana, as cobranças da tia Josefa e a velha pergunta de sempre: ‘Cadê seu namorado?’.

Pra começar o ano economizando, embarcamos no Terminal Jabaquara e partimos rumo ao nosso reveillon, banhado de muito sol, areia, cerveja, samba, entregas para Iemanjá, farofa na praia, crianças mijando na água, gente se esturricando no sol e na guerra por um espaço na areia. Aquela maravilha! Fim de ano perfeito para quem deseja ingressar com muita sorte no próximo.

Tudo que tinha que dar errado, deu! O apartamento, que no mapa, ficava há 2 quadras da areia...ficava há umas 10 quadras da praia – mas vamos pensar pelo lado positivo, já engatei o meu regime porque andar tudo aquilo embaixo de sol quente não era fácil. O quitão, na verdade, era um micro mini quite...mal cabiam as nossas malas lá dentro, que não eram poucas.

Nosso roteiro era: acordar às 11 horas (a gente bem que tentou ir correr de manhãzinha, mas sem chances), ir pra praia, sair de lá junto com o sol, beber muita breja, comer camarão, dar umas voltinhas na beira da praia pra exibir um pouco a nossa sedutora gordurinha localizada, celulite e estrias – que não eram nada comparadas às crateras daquela quarentona naquele fio dental laranja (que horror!)...

Esses passeios bem que valeram a pena,num desses eu conheci o Tobias Jr. Melhor, Junior né? Ele era de Sampa também e tinha vindo passar a virada do ano na casa de uns amigos em Long Beach. 25 anos, agente comercial, solteiro e disponível. Preciso dizer que ele virou meu casinho de praia? Apesar de eu ter engatado uma leve esperança de que esse romance ia subir a serra e eu já ia começar o ano com o novo amor que a cigana falou, mas engano meu! Nosso romance não saiu da areia. O Junior encontrou, numa dessas coincidências da vida, uma ex-namorada – loira, linda e vitaminada (que ódio!) e ele simplesmente desapareceu...acho que não teve coragem de admitir que foi curtir um feed back.

À meia-noite, me vi parada no meio daquele bando de gente (se alguém soltasse uma bomba, eu morreria na hora. Não tinha pra onde correr). Milhares de fogos explodindo sobre a minha cabeça, gotas e mais gotas de Sidra Cereser caindo sobre mim. Famílias felizes se abraçando, casais de namorados se beijando como da primeira vez, pessoas de fé, oferecendo e agradecendo aos seus deuses e eu – parada – no meio de tudo aquilo só pensando ...’É, Ano Novo! Tudo de novo!’